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O passado

Quando a luz não consegue penetrar Através do vidro opaco da alma Os raios se prendem, no embaraçado da lente Como barreiras sólidas no labirinto da mente Imagens que se formam num passado tão presente São casulos tão estreitos Como células que formam o mel Mas que trazem na essência o sabor do fel... Vidas, vidas!! Tão frágeis que se desfazem Que deixam de viver profundo Pelas obscuridades deste mundo! São lixos acumulados Que não foram reciclados Que obstruem a passagem da felicidade Que destroem e causam ansiedade, Formas erradas, trajetórias cruzadas Fechadas dentro do ser Mentes dormentes Que se sentem abandonadas, descontentes! É preciso reciclar e jogar fora os detritos Abrir as janelas opacas da alma Permitir que o brilho do sol atravesse a vidraça do tempo Quebrando a escuridão do firmamento!

Poema natalino

A noite ganha mais brilho O dia, mais cores A alegria entorpece A alma expeli rancores Nas calçadas da vida Desfilam os sentimentos Com moldura dourada Exibindo belos momentos Luzes coloridas Piscam sem cessar Melodias harmoniosas Se propagam pelo ar! O coração se abre O ser se ilumina A alegria abre espaço E, o mundo se contamina Com a verdadeira essência natalina! Na gruta de Belém, um rei irá nascer, Não traz ouro nas roupas, Mas a humildade do Ser! Ensina-nos “o amor sem medidas” Se fazendo Natal “Sem distinção”, Nascendo todos os dias No coração de cada irmão!

Mãos

A evidente destreza Agilidade, precisão Incomparável função Que desempenha a nossa mão! Instrumento divino, Preciosa gratidão Aos que fazem dela Instrumento de devoção... Ligada ao cérebro Cumpre tudo com exatidão Os dons recebidos da vida Como ferramenta da profissão! Capaz de tecer os mais belos trabalhos Realizar a mais difícil missão Retirar da vida outra vida E da vida, quase perdida, fazer bater o coração... Numa toada de versos                                                   Bendizer as mãos, Que numa prece se unem Para agradecer em oração!                                                                                

Milagre da fé

Você acredita em milagre? Assim como eu, veio pedir novo caminho? Também vive prisioneiro Num mundo feito de espinhos? Contam que neste templo O pedido se realiza Que Sant´Ana faz acontecer Na sua vida o que é preciso! Incrédula das minhas palavras Segui adiante, acompanhando a multidão Quase insuportável era o trajeto, Mas um anjo segurou-me pela mão! Levando-me a caminhos simples e humilde Ensinou-me a conviver E a cada nova descoberta Aprendi o bem-querer! Não julgar pela embalagem, Ambicionar ou desmerecer Viver um dia de cada vez Como se não houvesse outro amanhecer... Você acredita em milagre? Assim como eu, deve compreender Que fé, amor e crença Faz o impossível acontecer!

Reflexão de Natal

Vamos renovar ... A forma de ver o mundo, o próximo, o planeta e principalmente “nós  mesmos” O calendário anuncia que mais um ano se finda e leva com ele muitas  coisas, realização de sonhos, ilusões, desilusões, desejos e frustações... Hora de refletir e de filtrar somente as coisas boas para o ano que se  inicia, no ciclo de nossas vidas! Deixemo-nos elevar pelos mais nobres pensamentos! Permitamo-nos abstrair as energias positivas do universo! Com aceitação daquilo que somos, na certeza que deixar aos futuros  habitantes deste “Sistema” um mundo melhor! Que a luz do Natal ilumine a alma de cada Ser, Que o brilho e o colorido desta data transmita força e fé; Que a letra das canções, que encantam as melodias, natalinas  penetrem  as almas Inundando-as da paz interior! Mas principalmente, que não esqueçamos do Menino Deus que se fez  humano Para nos tornar eternos! Vamos renovar a luz interior, sejamos mais e

Nostalgia

Meu olhar corre pelas paredes Que me fitam tristes pela partida É a projeção de grandes sonhos Refletindo história da vida, Com a cor da inocência me vesti De menina, mulher me transformei! Dias felizes experimentei Mas, também, lágrimas derramei... Os dias de princesa foram se distanciando E as agruras da vida fui experimentando Diferenças, pensamentos, culturas E isto tudo me angustiando, Uma novidade, fez meu coração forte Uma semente de vida germinou Raio de luz no horizonte Invadiu! Encantou! A alegria pairou novamente Na casa, som da alegria Entre choros e sorrisos Num mundo de magia! O ambiente foi se transformando E as crianças chegando Com elas as dificuldades... E o casal se  afastando A correnteza bateu forte Mas, o barco da vida continuou seu percurso... Quase foi à deriva Com as forças da correnteza Persistiu, resistiu Mas quando a corrente

Dia da criança

No íntimo de cada  “Ser” existe uma criança escondida Prestes a despontar Se observar com atenção, Muito dela deixamos mostrar... No dia a dia da vida No amanhecer ou no deitar Agimos com o ego criança... É tão subjetivo, que não consigo explicar Há tanta pressa para crescer Nos olhos de um infante Que pergunta sem cessar Fitando nosso semblante Há um mundo lá fora Que almejamos desfrutar Nos sentimos tão pequenos Que os grandes buscamos imitar Criança sossega! Deixa o tempo Devagar passar Pois não demora nada Pra infância querer retornar! Época de super-heróis Reis, rainhas, fadas encantadas Brinquedos, brincadeiras Histórias contadas! Castelos, sonhos impossíveis Mocinhos, vilões Sempre com final feliz Cores, luzes, coloridos balões... Pena que a infância Passa tão de repente Deixando os rastros na imagem De um tempo que foi presente Para ap

Natureza

Sou como a natureza que muda seu curso Altera a forma, muda transforma Cria, recria, Faz, desmancha Autônoma, soberana Forte, resistente Segue ao rumo do vento Passos certos, persistente Vive todas as estações Num mesmo momento Na mistura da sensação Mesclada de sentimento... Salpicada pela púrpura celeste Ao anoitecer do dia Sol e lua Em completa sintonia Água, mar, ventania Raios de sol, luz de trovão Emoção! Euforia... Natureza viva a pulsar Dentro e fora do Ser Que brota como semente lançada ao solo A cada novo amanhecer! Milagre da vida, da natureza Guardado nas águas do ventre Semente, Que renasce das águas novamente... Mistura de ar, de terra, e de fogo Que nasce do amor E transforma a semente, Milagre da vida, no solo, no ventre!

Máscaras da vida

Máscaras gregas Dança, apresentação Encanto, mistério Vida! emoção! Rodas vivas Troca de olhares Silêncio cruel Dança em pares... Mãos que se tocam Olhos que se fitam Corpos que se tocam Que aproximam e afastam Vozes postadas Som na garganta Que vibra, Que grita encanta...espanta Olhos que fitam Na máscara sem rosto Que expressam ternura Ódio! Desespero posto! Na dança dos corpos No enlace de formas No oculto do outro Que em tudo se transforma Máscaras do cotidiano Uma para cada ocasião Que esconde a verdade Que não expressa razão Que não esboça na face O sentimento a emoção Mas que consegue ser captada Na voz, no gesto e pela apresentação! São tantas as máscaras usadas No dia, na vida, na representação Que no momento mais íntimo Se desnuda e desconhece a verdadeira feição!                                                      

Grito na garganta

Pátria amada Idolatrada Que literalmente guarda para si Um amor sem medida Capaz de Dar a própria vida! Medida no coletivo, No bem comum, No progresso, No direito de todo cidadão! Com vida digna, escola, saúde E melhor educação! Pátria amada Sem corrupção! Sem fronteiras Que acolhe Abraça e divide o pão! Que, Como a natureza molha o solo Ilumina, com o sol, toda a nação! Não escolhe rico ou pobre Deixa-se banhar, sem distinção! É esta a Pátria que devemos cultivar Pensar no coletivo, Sabendo compartilhar Sem corrupção por favor! É o brado proclamado à toda Nação Não às margens do Ipiranga Mas o grito na garganta de todos os brasileiros Por justiça e união! Fora corrupção!