Poemas D'Analu

A mudança de estação Traz nostalgia Expectativas, sonhos Alegria E o panorama vai lentamente Se transformando Sendo tocado pela mágica Mão do Criador Matizando, delineando Traçando pontos Despertando aromas Estampas, sabores Muda o comportamento Os costumes a alimentação Os campos ganham mais vida Os parques a atração! Nos bares, banquinhos na calçada Sorrisos animação O dia acaba mais tarde Clareia mais cedo O barulho do mar, Nas ondas a arrebentar A areia convida A espuma quente escorre Chamando pra se banhar O sorvete, o milho verde Água de coco pra se hidratar Sorrisos muitos sorrisos Isto não pode na nova estação faltar! !!

Olhar para o céu E contemplar Apenas fitando com os olhos Sem nada pensar Admirando a imensidão A cor, a forma O movimento das nuvens Os pássaros a voar Sem se importar Na liberdade do voo Com suas asas a plainar... E o pensamento, deixando-se se levar E elevar no mais alto dos céus Sem nada imaginar Como pode este cenário mudar, Com a simplicidade do sol a declinar Sumindo atrás do morro Escurecendo o céu Até o satélite da terra Coroar  de astros e iluminar Chegar !!! É o novo espetáculo da natureza Que as pessoas se esquecem de admirar!

Durante um café Entre uma conversa e outra, fui percebendo O quanto havia me distanciado do mundo Dos livros, das músicas de sucesso, do cinema, do teatro, Das notícias do jornal das oito... Encostei a cabeça no sofá Pretendendo ocultar a ignorância dos fatos Na sutileza da dor do momento Aonde me perdera? Como teria me permitido viver no vácuo... Minha vida se resumia Em cuidar dos filhos e nas atividades domésticas Uma mãe dedicada e uma dona de casa perfeita Tão perfeita que me deixara inerte por anos Reagi batendo forte contra o vidro Espalhando os cacos... Desbravei caminhos Conquistei  tempo e espaço Na sintonia do Universo Mas como nada é perfeito Os filhos cresceram, O castelo se desfez... Novos tijolos do tempo se ergueram Na solidez da idade Nas paredes de concreto Para viver o presente Dobrar as páginas do passado E o futuro? Este é incerto, ausente!!!

Eu tive sorte de nascer Numa família simples, Honesta, religiosa, Que ensinava os princípios e os valores sociais Educada para amar o próximo Obedecendo o maior mandamento Da lei de Deus! Não conheço marcas, grifes, Não tive brinquedos sofisticados Aprendi com meus pais Muitos significados.... De criar o próprio brinquedo De reformar as roupas dos irmãos e emprestar os livros da escola, De comer apenas o suficiente! De assistir TV com os pais De ir para cama cedo De acordar cedo, também, De agradecer pela vida e nunca reclamar da sorte Assim, obedecer, respeitar Agradecer, louvar E quando errar saber se desculpar Porque o mundo se faz melhor Com a educação, a religião Nos princípios éticos e morais, Na família e na civilização!

É o vento da existência soprando forte Levando rapidamente os dias Sem se dar conta, lá se foi mais um... O calendário na mesa O vento soprando Os meses virando... Engano? Lá se foi um ano! Não nos demos conta de datas importantes De momentos distantes Tão próximos da imaginação... No espelho da vida Na imagem Nas formas, nas linhas Na cor dos cabelos Nas cicatrizes Nas páginas viradas Nas histórias vividas Desconstruídas Reconstruídas Na busca incessante De dar sentido à vida...                                                                                      

No silêncio, Desce o tapete da alma Reflexão: A paz vem do interior Do âmago da existência E rompe-se pelas entranhas No sopro da vida Que vai entrando e saindo Fazendo o coração bater Num ritmo harmonioso; Na circulação Da púrpura veia, Luz e vida! Sentimentos, emoções Pensamentos distantes, Imagens distorcidas! Palavras sem respostas, Repostas esquecidas, Silêncio... Uma lágrima quente Desce pela face! Silêncio... Os lábios se abrem num sorriso Momentos, lembranças Escolhas certas, Sofridas Forças do Universo, Vidas!!!                                                                                 

Sorrisos, conversas, Salgados, doces e a alegria infantil Tudo perfeito! Presentes, presenças, Mesa, balões, bolo euforia Cantar o “Parabéns”  na maior alegria... Bolo cortado, primeira fatia Mamãe entregou ao menino E pediu que oferecesse a alguém... Fez-se silêncio Todos se entreolharam Um par de olhos azuis Correu pela sala Fitando um a um dos convidados E, sem pestanejar Falou de uma vez só! - É da vovó!

Pai, Na etimologia da palavra genitor, progenitor, autor... Uma homenagem carinhosa ao autor, “Criador” de todos os pais E aos pais de todo o mundo, o mais caloroso agradecimento Pela disposição de abraçar, carinhosamente, essa missão De criar, educar e de se fazer exemplo, Como espelho a refletir A honestidade, a verdade e a paz ao mundo! Aos pais que não se encontram mais Na esfera terrestre Que sejam condecorados com preciosa medalha Pelo serviço prestado ao Universo, Neste ciclo da vida Em que a genética se eterniza Por meio de nossos descendentes Ao meu progenitor O mais carinhoso desejo De um abraço De um olhar profundo Sem troca de palavras Porque não caberiam dentro delas Este sentimento profundo! De agradecimento pela vida... E da vinda a este mundo!

Prazeres... Determinado pelos momentos Único Esperado Inesperado Que é gostoso sentir Toque na pele, Textura das formas, Sabores, Cores, Do toque e do tocar! Sentir, Emocionar, No exercício harmonioso, Da necessidade ou da vontade Na sensação, No contentamento, Na alegria, No júbilo e satisfação! Seja da alma, seja do físico, Faz palpitar o coração!