Poemas D'Analu

Corpo em outro corpo Movimento sincronizado Pés com pés Círculos, lados, frente, trás Balanço... ritmo marcado Que vai aconchegando Aproximando, aproximando Encaixe perfeito a deslizar Chão a riscar Anjos a voar Olhos nos olhos Sorrisos nos lábios Sentimentos Mentes ... corpos Alinhados Pés, notas, ritmos, sons Baile de almas União perfeita Visão que encanta Quem se deixa levar Na leveza flutuar Na arte de dançar!

Enlace de corpos Sentido a dois a três Calor, prazer Sensação de proteger De aquecer Confortar Apertar gostoso Sentir o cheiro do abraço O corpo O coração batendo num só compasso Aperto engate Sê forte, como um nó, apertado Que não se pretende desatar Sê suave, como um carinho De mansinho sem desmoronar Deixar-se permanecer, ficar Aquecer, enroscar Sê no conforto, no amor Na alegria na tristeza Sê  na dor Abraço é coisa gostosa De se dar Não tem dia nem tem hora Pra se compartilhar Sê   dado com muito amor Fica tão forte, Que não se consegue respirar Pra não se perder nem um pouquinho Deste contato ímpar de se dar! Sê querer amar...

Q uebrante Encante Chegue de mansinho; vai devagarinho Deixando- me envolver E quando em seus braços, Que eu sinta no abraço Proteção a me envolver Fitando seus olhos Sem nenhuma intenção, Que nossos lábios se encontrem Pra selar esta paixão... E que a beleza da alma Transcenda a matéria O desejo que aflora Que com o tempo Fenece e deteriora...

Amigo me diga o que pode acontecer Se eu errar de novo E me aborrecer Tentando encontrar a forma certa de ser Perdendo as pegadas pelo caminho Mas nunca a esperança de vencer Ainda que o horizonte se perca Na neblina da existência, E o vento sopre em sentido contrário Querendo o barco afundar Clamarei aos céus Na certeza de vencer Vou até o fundo Mas retorno ao mundo Encharcada, mas de alma lavada Para uma nova jornada Aprendendo com os erros Pois isto se chama Vencer!!!

Há as que o são, por vocação Amor, desejo Acaso ou por engano... Outros por elos ligados ao coração Pai, que é uma mãe, Pais, que ambos o são, Mães em dupla função; Avô, avó com a mesma missão! E quantos mais por ai Que, com esforço desmedido Enfrentam filas de espera Pra este dia chegar De receber a graça De um filho poder gerar Ou, simplesmente, na fila Pra um filho adotar... A todos que ingressaram na árdua e doce missão De ser mãe de verdade, A eterna gratidão!

Vejo beleza, na gota da chuva Que cai, Escorre pela calçada e é absorvida pela terra Volta a natureza e cumpre sua missão Água fonte da vida Que jorra Mata a sede Prepara o alimento Lava nosso corpo, Nossa roupa Purifica, abençoa Batiza Aconchega no ventre Protegendo a semente; Beleza dos córregos, rios, Mares, lagos , Cascatas... Da gota de orvalho, Chuva, Lágrima, saliva Milagre da natureza Que refresca, Aquece, protege Alimenta, Lava, Purifica, Encanta Inexorável a vida Que serve a todos de forma desmedida.

E agora, o que fazer? Como proceder? Onde encontrar receita pronta, roteiro Que ensine agir diante das situações diversas? Me ensine! Oh! Deus como fazer... Então neste instante derradeiro, Entre medo, insegurança e explosão de amor Nasce uma mãe! Que, por mais opiniões, dicas e soluções que receba Inexplicavelmente algo dentro de seu coração Ensina o que deve ser feito, em cada ocasião A maternidade deu-lhe mágicos poder Tirou-lhe a singularidade Deu-lhe o dom de interpretar choros De dor, de fome, de fralda suja, de sono ou de manha Transformou-a em uma fada do bem... Com poderes sobrenaturais, De olhar dentro dos olhos do filho E perceber o que lhe aflige e, No compasso do coração e na nobreza de alma                                      Ela sofre, vibra, sonha e se  acalma...                                       O tempo lhe ensinou De forma mais sublime No ritmo de dois corações num único comp