Poemas D'Analu

Vejo a estrada surgir no final do túnel Uma luz a indicar o caminho Não fiz a trajetória sozinho Foram dias e dias de lutas Lugares sombrios e distantes Muros intransponíveis Rios com límpidas águas na superfície E lodo no fundo Pedras branquinhas Mas escorregadias Árvores frondosas, Que abrigam serpentes venenosas Amigos Que que não são amigos Muitas histórias para contar De lições aprendidas Na longa jornada da vida! Mas quando não estamos sozinhos Suportamos todos os espinhos...

Ele nasce no natal, morre na sexta-feira Santa Ressuscita no domingo de Páscoa E sobe ao céu E fica lá de cima olhando para nós? A mãe para e pensa na resposta Mas, de repente, se dá conta que nem ela sabe ao certo Pois aprendeu que Deus está em toda parte, Mas Este é Deus, o Pai! Então onde está o filho! A direita do Pai! Sim é isto. Logo, se está junto do Pai estaria em todas as partes do mundo... A mãe respira aliviada por ter encontrado a resposta Então ela explica à criança que Ele está à direita do Pai e em toda parte do  mundo, minha criança! Ela fita a mãe com olhar profundo Depois acrescenta: morreu por nós na cruz! E nos libertou dos pecados! Somos livres, mas continuamos a pecar mamãe! Ela, com voz suave responde, Sim, mas por meio da oração estamos ligadas ao Pai Que tudo vê e tudo sabe! Basta redimir-se dos pecados Numa conversa bem íntima com Ele Por meio da oração! Ligamos

Re(nascer) de mim mesmo Ad(entrar) Permanecer no silêncio Ouvir a voz que clama Chora, geme, sussurra e grita Quebra as barreiras internas Percorre as paredes do inconsciente Sobe os pilares da sustentabilidade Volta a calma No ruído do uni(pluri)verso A voz interna cala Ouço sons Decifro enigmas Mesclam-se sentimentos Acalmam ou fazem o sangue Circular mais rápido Preciso controlar Estou no controle da máquina Que insiste em não obedecer Onde está a chave? O interruptor? Alguém me ajude! Ouço passos desesperados Preces, súplicas, Ninguém me ajuda... A porta está trancada por dentro, Não sei como abrir... Vou mentalizar Enxergar a fechadura, girar a chave E quiçá, me libertar! 

Paz, proteção, harmonia Gratidão pelo encontro Olhar investigativo Que vai além de ouvir as palavras Buscando Adentrar na espiritualidade Decodificar   sentimentos Emoções... Enxergar o âmago Numa conexão profunda De ondas sonoras e coloridas Que apresentam vidas Que transmutam Transcendem Para a ligação terrena Progridem, prosperam No encontro do objetivo definido Da elevação, da sublimação Entendendo e cumprindo sua missão!

No silêncio contemplo Deus Ele fala e, as vezes, grita para ter certeza que vou lhe escutar Muitas vezes travo um monólogo com Ele Reclamo, agradeço, faço pedidos, choro, mas não ouço O que Ele tem a me dizer Falta uma conexão Entre a realidade e a emoção, Fé, crença e delírios da paixão... Mas quando os joelhos dobram E as lágrimas rolam Uma atmosfera toma conta de mim E me envolve num sentimento inexplicável Incontrolável que me tira do chão Ali naquele momento a terra treme Há uma energia magnética Como se eu estivesse numa bolha A flutuar no Universo No mundo de paz interior Sinto o tempo parar A respiração serena Conforto de colinho de mãe Força do abraço de pai Aconchego de casa de avó Poder de superação É a mão de Deus A tocar o meu coração! No diálogo do poder da oração!

No início, expectativa No meio, incerteza No final, desespero Eu escolho a primeira Porque somos expectadores De projetos e sonhos Que idealizamos e Pretendemos concretizar Incerteza é sentimento ruim Desespero, que loucura! Vida de amargura! Que prefiro adocicar Na expectativa Na perspectiva Da vida me oportunizar Dos planos mais incríveis Eu poder realizar!