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Mostrando postagens de julho, 2015

Pedra bruta

Pedra bruta no chão sem valor Pousada de pássaros, de animais, de gotinhas de orvalho, De chuva e do tempo... mas, um dia, o vento forte carregou a pedra adiante... Aí veio um viajante Que na luz do sol brilhante Percebeu que ela reluz Sem pestanejar, Resolveu carregá-la Mas a pedra era pesada E por muitas vezes, o viajante pensou abandoná-la Porém, a pedra acanhada se foi deixando tocar E o seu brilho a cada dia mais intenso A cobiça a despertar! Daí pra frente meu amigo, Foi necessário dividir a pedra Para poder guardá-la escondidinha Da cobiça e da maldade. Pedra bruta, valiosa se tornou E, por causa do seu brilho intenso Muito sentimento bom e ruim despertou!

Volta pro meu coração

Por que você não está aqui Nas horas que mais preciso de ti Quando o céu se fecha E anoitece dentro e fora de mim... A cama ficou fria O  perfume do teu travesseiro se perdeu Nos lençóis amassados do passado No cobertor, cúmplice do nosso amor! Não quero mais despertar, Pra realidade que vivo agora Que é dura de encarar! Diga doce paixão Porque me deixou na ilusão Vê se volta logo pro meu coração! Sem você a vida não tem mais razão Volta logo pro meu coração!                                                                                                                                                                                                                                                                              Ana Lúcia Gouvêa da Silva

Diferenças e preconceitos

Como as coisas difíceis da vida Parecem fáceis aos olhos de uma criança, Que encantada tece os comentários Com detalhes da sua lembrança... Ao descrever uma nova colega de classe, Aninha disse que a menina é cega por natureza Que é um encanto de menina, que é feliz e sorridente Nasceu assim! Conta com muita destreza. A professora explicou que ela enxerga de uma forma diferente Que precisa tocar com as mãos para perceber as formas... Que a escrita e a leitura é possível, Por meio de um sistema chamado “Braille” Aninha foi descrevendo as brincadeiras, As descobertas no cotidiano escolar Seus olhinhos brilhavam ao descrever as façanhas E  a menina ria de se engasgar... A amiga cega se sentia feliz Acariciava-lhes a face e percorria-lhes o corpo com as mãozinhas Vagarosas ora ligeiras logo a gritar! Rostinho redondo, carinha de lua cheia! Agora pode me largar? Brincava quando descrevia o nariz, os pés e os cabelos... Os cheiros, as f