Poemas D'Analu

A noite cai silenciosa E com ela a neblina densa do inverno Que toma conta da paisagem curitibana Está frio lá fora! Poucos passos se ouvem na calçada Quase nenhum motor de carro deixa-se ouvir Há melancolia mista de desejos De estar próximo De aconchego Aninhar-se com carinho De um jeito meigo permanecer Enroscado no outro Buscando o calor do corpo Abrasar o seu... Um brinde! Um gole de vinho, Petiscos Com sabor mágico, Que querer mais e mais! E num piscar de olhos A realidade vem à tona Olhos no vidro embasado da janela Frio...

Se você tem um motivo para estar triste Lembre-se que há muito mais para estar feliz Espalhe luz pelo caminho Sorria, porque o sorriso é a linguagem universal É a chave que abre todas as portas.. . Quando encontrar um irmão que não emane luz Não sinta ódio dele, Não se sinta melhor que ele Porque ninguém é melhor que ninguém! Somos humanos e como tal Guardamos rancor, ódio, mágoas Sentimentos que destroem, Por isto, Sintonize na harmonia do ambiente Promova a união Evite discussão... Seja inteligente Opte por bons momentos De convívio com seu semelhante Lembre-se que para amar É preciso se amar! Não dê ouvido a picuinhas Procure desviar os olhos do mal Olhe mas não veja, Ouça mas não escute! Promova o bem-querer Eleve seu espírito Por meio da palavra! A melhor pregação É o exemplo Por meio da sua ação Deus se mostra através de você! Pense nisso! A paz é

Ser Curitibano é acordar todas as manhãs Em um País diferente... É não precisar trocar nas prateleiras  As roupas de verão Pelas roupas de inverno Ou meia estação! É usar botas em pleno verão! Apreciar a diversidade culinária, Cultural, estrutural, E a beleza da miscigenação! Aprender com o diferente Na terra do leite quente! Viver a história da cidade Na arte, na construção, Nos pontos turísticos, Na agricultura e na educação! É ter um “poeta curitibano” Pra defender a população Buscando na história da cidade Resposta pra confusão De que Curitibano é povo é fechado Sem fazer alusão Aos fatos contados Sem buscar explicação!                                                                       

Quando uma mão toca a superfície Ela transfere a energia do corpo, Da mente, Lançando a semente, Quando uma mão toca outra mão Elas cruzam a energia De maneira eloquente Porém, poucos são os sentem Quebrando assim a corrente! Mas, quando ambas se tocam Na vibração do momento, Esquentam Deixando-se penetrar Na magia do tocar Do sentir Do vibrar De corpo etéreo Emanando luz Produzindo ondas que se propagam À consciência coletiva do universo Numa atmosfera de louvor Que emana o bem Difundindo a essência Do ser Que é luz Proporcionando a cura interior Por meio do amor...

Dedos que teclam letras Formam palavras, traçam ideias De repente um encontro, Marcado às pressas! Diálogo entre desconhecidos Dúvidas... Olhos... sorrisos Uma volta na quadra Mil voltas na vida... Paramos. Entramos. O ambiente é marcado pelo som do rock Olhos se tocam Disfarçam... A caipirinha de limão Saúda a de morango O gelo derrete A conversa fica agradável Há pontos que tangem as vidas Tecidas pelo mesmo sentimento Busca e foco convergem numa mesma direção Somos despertados Pelo adiantado da hora Momento de regressar Fica o sabor de quero mais Afinam-se as almas Alinham-se os pontos Que se cruzam e se enlaçam Abraçam O perfume, o toque, as palavras As sensações e os pensamentos, Palavras ditas e omitidas Realidade de regressar à vida Mas não mais como era antes, Pois roubo um pouco de ti E deixo-te um pouco de mim...

Viver a indiferença É galgar caminhos longos De introspecção e de reflexão Para encontrar razão Que explique tal forma de ação... Quando agimos com indiferença Não percebemos A energia negativa que enviamos A dor que causamos, Mas quando a indiferença É sentida Machuca! Fere! Angustia! É a natureza do universo Nos revezes... Oportunizando o crescimento Para fazer-lhe vibrar No positivo Na forma certa de amar! De viver e de se dar...                                                                                                    

Olha-me com olhos de ver Ouve-me com ouvidos de ouvir Acaricia-me Com o cuidado de quem toca um cristal Mas com a firmeza de quem segura Um bem que lhe é caro! Na delicadeza ou na firmeza Que haja a sutiliza De o fazer com destreza! Que seja recíproco e verdadeiro De ama-se e de deixar-se amar Por inteiro!

A vida é frágil! Mesmo sabendo, continuamos com um comportamento Errôneo e nos distanciamos do objetivo dela Procuramos acumular coisas, Ultrapassar limites Demonstrar poder e sabedoria Força e ostentação em coisas fúteis Que não agregam ao nosso ser Frágil e inconstante Mortal de corpo e de matéria Que não consegue assimilar a grandeza Do espírito da alma imortal Que despida de todos os bens consumíveis Nos elevará ao patamar proposto Indo na bagagem solitária da vida Que deixou-se sucumbir

Liga, grude, cola Ternura afeto aconchego Ciúmes, contraposição de ideias Mimos, beijos, carícias Porto seguro Seguro no porto Ciúmes de ideias ideais Viagem pelo mundo imaginário Na imagem da viagem Na forma de ser De formar ideia De viver o ser De ser e deixar-se ser Seja da forma que for Que seja na forma do amor Que não reprime Mas exprime A doçura de viver e de deixar viver Juntos e separados Separados e juntos Mas vivendo eterno Dia dos namorados!