O passado
Quando a luz
não consegue penetrar
Através do
vidro opaco da alma
Os raios se
prendem, no embaraçado da lente
Como barreiras sólidas
no labirinto da mente
Imagens que se
formam num passado tão presente
São casulos tão
estreitos
Como células
que formam o mel
Mas que trazem
na essência o sabor do fel...
Vidas, vidas!!
Tão frágeis que
se desfazem
Que deixam de
viver profundo
Pelas obscuridades
deste mundo!
São lixos
acumulados
Que não foram
reciclados
Que obstruem a
passagem da felicidade
Que destroem e
causam ansiedade,
Formas erradas,
trajetórias cruzadas
Fechadas dentro
do ser
Mentes
dormentes
Que se sentem
abandonadas, descontentes!
É preciso
reciclar e jogar fora os detritos
Abrir as
janelas opacas da alma
Permitir que o
brilho do sol atravesse a vidraça do tempo
Quebrando a escuridão do firmamento!
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